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A importância da iniciação científica para o aluno da graduação

Hoje resolvi abordar um tema que para mim ainda é totalmente desconhecido: PESQUISA. Fico meio apreensiva quanto ao melhor momento, dentro da minha graduação. para conhecer o que é pesquisar e começar algum trabalho neste sentido. O artigo que escolhi é este: A INICIAÇÃO CIENTÍFICA - muitas vantagens e poucos riscos. Sobre este assunto, como comentei acima, tenho mais dúvidas que respostas e vocês caros professores se quiserem esclarecer algum ponto, fiquem a vontade :)


A primeira conquista de um estudante que faz iniciação científica é a fuga da rotina e da estrutura curricular, pois agrega-se aos professores e disciplinas com quem tem mais “simpatia” e “paladar”, desenvolvendo capacidades mais diferenciadas nas expressões oral e escrita e nas habilidades manuais. Os estudantes aprendem a ler bibliografia de forma crítica, uma vez que o professor orientador pode lhe mostrar por que, entre o texto A e o B, o B é mais fundamentado que o A e quais as razões.

Uma outra vantagem alcançada pelos estudantes quando vivenciam a iniciação científica é a de perder o medo,
não ter pânico do novo. Quando se aprendem coisas com 

uma certa autonomia apoiada na diretriz do orientador, 
posteriormente, na vida prática, ao surgir a primeira dificuldade, ele terá uma razoável habilidade para interpretar o fato e discernir se pode resolvê-lo ou se é preciso 
consultar quem sabe mais, pois, humildemente, reconhecerá que não tem a solução.


Também encontrei um texto bem interessante sobre este assunto :

O desafio da universidade hoje é formar indivíduos capazes de buscar conhecimentos e de saber utilizá-los. Ao contrário de outrora, quando o importante era dominar o conhecimento, hoje penso que o importante é "dominar o desconhecimento", ou seja, estando diante de um problema para o qual ele não tem a resposta pronta, o profissional deve saber buscar o conhecimento pertinente e, quando não disponível, saber encontrar, ele próprio, as respostas por meio de pesquisa.
Não será fazendo de nossos alunos meros depositários de informações que estaremos formando os cidadãos e profissionais de que a sociedade necessita. Para isto, as atividades, curriculares ou não, voltadas para a solução de problemas e para o conhecimento da nossa realidade, tornam-se importantes instrumentos para a formação dos nossos estudantes.
É dentro desta perspectiva que a inserção precoce do aluno de graduação em projetos de pesquisa se torna um instrumento valioso para aprimorar qualidades desejadas em um profissional de nível superior, bem como para estimular e iniciar a formação daqueles mais vocacionados para a pesquisa.
Para desenvolver um projeto de pesquisa é necessário buscar o conhecimento existente na área, formular o problema e o modo de enfrentá-lo, coletar e analisar dados, e tirar conclusões. Aprende-se a lidar com o desconhecido e a encontrar novos conhecimentos.
Os mecanismos institucionais para esta inserção são os estágios curriculares e a iniciação científica. Precisamos ampliar a iniciação científica como uma atividade curricular, valendo crédito e devidamente avaliada, para possibilitar uma melhor formação dos nossos estudantes.

* Pró-Reitor de Pesquisa
Fonte:  https://www.ufmg.br/boletim/bol1208/pag2.html

Quando eu comecei minha graduação, corria de pesquisa, pois sempre imaginava um trabalho sem graça e muito cansativo, mas acho que ainda não tinha uma certa curiosidade e também maturidade, mas com a criação do blog e com o constante contato com professores de quase todo o Brasil tenho visto tanta possibilidade de melhorar o ensino de física e quanta coisa ainda não tem explicação, que é impossível não pensar em pesquisar... No próximo semestre quero entender melhor como eu poderia me encaixar em algum projeto e se na faculdade estão desenvolvendo alguma coisa.

Você pesquisa? Por onde começou? #deixesuadica

Até mais
Camille

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1 comentários:

Unknown disse...

Excelente escolha de temática, Camille!
Eu não faço mais Iniciação Científica, mas fiz de 1977 a 1979 (sim, faz tempo, eu sei; talvez teus pais nem fossem casados ainda, deixa prá lá!). E quero dizer que fez toda a diferença na minha carreira de pesquisador (sim, sou pesquisador desde então).
Na verdade, eu já tinha ouvido falar em IC antes de entrar na Unicamp. Tinha lido uma matéria na Folha de São Paulo (tá vendo como é importante ler jornal?) sobre a FAPESP e enfiei na cabeça que, assim que entrasse na faculdade, ia fazer IC com bolsa da FAPESP.
Na primeiro ano de faculdade, o novo professor se apresentou como Jean Meyer, doutor em Física e diretor-presidente da FAPESP! Mega sorte. No intervalo, fui correndo falar com ele para saber como eu podia conseguir uma bolsa de IC da FAPESP. Aí ele me explicou que tinha que esperar até o 2o ano e que tinha que arranjar um Orientador, que é quem iria pedir a bolsa. Falei com uns professores doutorandos que conhecia e me indicaram o orientador deles, o Dr. György Csanak, um físico húngaro que trabalhava com Eletrônica Quântica Computacional na Unicamp. Ele me pediu para começar imediatamente, sem bolsa mesmo, para conhecer meu trabalho e, se tudo desse certo, no fim do ano pediria a bolsa.
Quando acabei a faculdade, fui tentar o Mestrado no IFT em São Paulo. Não havia exame de seleção, só me fizeram duas perguntas: onde tinha feito a faculdade ("Unicamp" "É, não é má") e se tinha feito IC, sobre o que e com quem. Entrei e fiz todo o o mestrado com bolsa (adivinhe?) da FAPESP.
Depois, fiz o doutorado no CBPF com bolsa do CNPq (a FAPESP só dava bolsa para São Paulo), tive uma bolsa de recém-doutor do CNPq e depois fiz dois pós-doc com bolsas do CNPq, um na Alemanha, outro na Áustria.
Mas foi aquela bolsa de IC que me qualificou para todas as outras!
De fato, hoje, quando vou qualificar um candidato ao Mestrado, na entrevista, depois da prova escrita, sempre pergunto: fez IC, sobre o que, com quem?
Portanto, conselho: façam IC o quanto antes, sobre o que for. Sempre se vai aprender alguma coisa e adquirir experiência. Vão ver a Física "por dentro", como é feita.

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