Tecnologia do Blogger.
RSS

Educar é fazer sonhar

Olá caros colegas, fim de semestre bate sempre aquela saudade e já começo a repensar alguns pontos sobre o que fiz e produzi nestes últimos 6 meses :) E pesquisando o que pudesse traduzir meu sentimento nesta reta final, encontrei o artigo do professor Francisco Caruso e da professora Cristina Silveira : Educar é fazer sonhar, uma leitura muito boa e para nós que seremos professores, questionamentos muito pertinentes :)

Com a criação do blog, com acesso a muito professor bacana do Brasil todo e à informação científica seria inevitável não pensar sobre minha graduação e se estou no caminho certo para ser uma boa profissional. Com as idéias borbulhando e com muita vontade de aprender me apareceu no facebook do  um  belíssimo texto do professor Caruso que traduz o que penso e minhas necessidades:

Aos jovens que estão estudando Física:
Não sejam tão céticos, mas também não acreditem em verdades absolutas. Fazer ciência significa realizar experiências, elaborar modelos e estudar muito, sempre. Alguns cientistas investem na ciência de aplicação imediata e se perdem em tecnicismos, mas a ciência deve ser usada para abrir o horizonte de estudos e ampliar a forma de enxergar o mundo. Não devemos ficar preocupados apenas com respostas e resultados. Assim censuramos a nossa própria mente na forma de pensar. A dúvida e a curiosidade são ingredientes também essenciais. Devemos nos permitir ir além do necessário, além do que buscamos. É assim que acontecem as grandes descobertas. É assim que se formam grandes pensadores.







Amo o curso de física, mas as vezes vejo que as aulas ficam muito focadas a respostas e resultados e isso me incomoda. Às vezes me sinto como a garotinha da foto acima, um mundo todo a explorar, mas presa a decorar fórmulas e respostas. Vi grande melhora para mim este semestre com matérias que falam sobre a física mas não a traduz somente em fórmulas, uma visão diferente, contextualizada. Esta disciplina foi mais específica, mas será que não seria possível contextualizar todas as matérias da graduação?
Tenho acesso a muitos doutores, mestres e especialistas e sempre quis que um deles não me desse respostas prontas, mas me fizesse enxergar o caminho que eu quero seguir dentro da minha graduação, e quando isso aconteceu, sai da minha zona de conforto e percebi o quanto eu tenho que estudar e estudar, o quanto a física é bem maior do que eu imaginava, o quanto eu acreditava no que o professor falava sem duvidar e eu posso e devo questionar. É muito difícil definir o que é ensinar, mas sei muito bem o que não é.

Mas vamos ao artigo :) 

Que predicado melhor completa a frase “ensinar é...” - no sentido de educar  - de modo a permitir que os seres humanos, nascidos e inseridos no tempo, se encontrem, se realizem em toda a sua pluralidade? Esta chave deve ser o predicado essencial para a criatividade, para a liberdade.

Para mim o conceito de ensinar pode ser traduzido neste vídeo.


Será possível ? 

Todos os professores que me deixaram com uma dúvida, que me deram um incentivo, e não somente as respostas prontas, que acreditaram que eu tenho capacidade de ter minha própria opinião acerca do conteúdo, me moldaram de uma certa forma e são pessoas nas quais quero me espelhar.

“O objetivo da educação é o conhecimento não de fatos, mas de valores”, de William Ralph Inge, “Educação é o que sobrevive quando o que foi aprendido foi esquecido”, do polêmico B.F. Skinner.“Saber ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.  de Paulo Freire.
Paulo Freire também alerta:

“O professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum desses passa pelos alunos sem deixar sua marca” (FREIRE, 2002, p. 73).


A Escola hoje (e desde sempre), como já mencionamos, tende a valorizar enormemente o ensino formal e formalizante. Escola e Sociedade valorizam muito mais a razão que a prática. Essa escolha remete automaticamente à segmentação do saber e à exigência de um alto grau de abstração. Ambos são fatores que dificultam bastante a interdisciplinaridade, a contextualização do ensino e a própria motivação do aprendiz,tornando o exemplo do “aprender a caçar” cada vez mais fugidio.


Aulas no laboratório,cadê vocês? Esta prática, cada vez mais constante no ensino fundamental e médio, chega com força total ao ensino superior, aulas práticas cada vez mais escassas do curso, servem somente para pontuar algo que o professor ache interessante. Não!!! Aula teórica e logo em seguida aula prática, ou desde o começo do curso uma disciplina de laboratório que ande de mãos dadas com uma disciplina teórica.


Alunos desmotivados e sem perspectiva também colaboram para que o professor fique desestimulado, um retorno do aluno sobre as aulas e sobre o curso somente colabora para a melhora dos mesmos.
Artigo muito interessante, leia na íntegra :)
Até mais,
Camille





  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...